neste sabado um passeio pela cidade revelou seus contornos
detalhes que só com tempo a gente sente.
uma caminhada 'a contrapelo',
no vies inverso aos motores (barulhentos).
o ritmo mudou, a percepcao alterou.
cidade revelada. no tempo em que se 'proziava', e proziando fomos, a cada rua, a cada nova rua, surpresas. a troca, o acaso, vimos 'a rua como ela é'.
um daqueles programa simples, caminhadas fotograficas.
iniciativa do darlan e do ricardo com apoio do fundo de cultura.
pensar a cidade pela linha do horizonte do pedestre, perceber seu ritmo, seus contornos. Um
ler seus equivocos, descasos, vazios.
deleites e saudades, até de tempo que nem vivi, saudade.
as estruturas que sustentam a cidade não sao pedra e cal.
a liga, a goma que junta tudo, que nao deixa tudo ruir está noutro lugar,
num lugar que só se percebe com tempo,
que só conseguimos ver quando libertos (até de nós mesmos).
O exercicio de ser 'um' na multidão, do andante, do caminhante.
transeunte critico, saudoso mas perceptivo.
ver pra viver a cidade,
registrar pra revelar o urbano.
que venham novos passeios, e que revelemos a cidade,
e o resultado: exercitar processos, agucar o olhar.
a pergunta que me acompanha a cada passo
é o que existe entre um tijolo e outro,
qual a liga que mantem as estruturas.
parlamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário